Estudo da Deco

A utilização de painéis solares pode permitir uma poupança de 300 euros anuais, contudo, o seu potencial ainda está subaproveitado. A conclusão consta de um estudo realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, publicado no mês de Maio na revista Proteste. A Deco Proteste analisou seis sistemas solares térmicos, recomendados para uma família de quatro pessoas, concluindo que «a poupança obtida é assinalável». No caso de utilizar um sistema de termossifão, em vez de um esquentador de chama automática a gás propano, pode-se poupar, anualmente, mais de 300 euros. Todavia, denuncia a associação, investir em painéis solares ainda não está ao alcance de qualquer cidadão comum, pelo que alerta para a necessidade de mais incentivos financeiros. Por esta razão, advoga a criação de incentivos para a aquisição destes equipamentos, uma vez que os benefícios fiscais em vigor «são quase inexistentes». De acordo com a Deco Proteste, na prática estes são quase inexistentes. Quem optar por painéis solares pode deduzir no IRS 30 por cento do custo em equipamentos novos para utilizar energias renováveis, até ao limite de 728 euros. No entanto, esta despesa não é cumulativa com a dedução dos encargos com imóveis, designadamente o crédito à habitação. O elevado custo de aquisição dos sistemas e o longo período de retorno são as razões que estão na base do pouco entusiasmo dos portugueses face à energia solar. Portugal tem um dos valores de irradiação solar mais altos da Europa, mas a capacidade instalada não vai além dos 231 mil metros quadrados de painéis solares, metade do registado em Espanha.